6.16.2011

Vento de liberdade


Vento de liberdade
das entranhas da terra
irrompe um vento alucinado
que varre… varre… varre
as folhas secas do mundo…

vento que geme e uiva fundo
e fere como punhais
o coração dos mortais…

vento horrível e cruel
que espezinha e enrodilha
e dá guerra sem quartel…

e ora rasteja em gemidos,
ora se eleva em furores
e uiva como um trovão,

mas em todos os sentidos
é VENTO DE LIBERDADE
que o pobre mundo assombrado
pretende reter na mão…


Amélia Veiga
Angola