7.06.2011

Samarcanda


Navega-nos por dentro como o mar
o fortuito desejo de a possuir
Incidentes solares onde o lume
de dentes e espadas seja baço
para que o sol não desalinhe
as planícies dela derramada
no tumulto do poente
Pálpebras pesando
sob o peso da consciência
Orientes rumorejando o silêncio
nas gargantas
irrigado pela velha poeira do sangue
Aqui os Homens são feitos
de chão sem vento
e os rostos gritam ideiais
mesmo antes de desabarem


Andreia C. Faria