1.06.2012

Jura



Quando ao ver-te aborrecida,
Em teu sofá recostada,
Te propus, com voz magoada,
Consagrar-te a alma e a vida,

Uma proposta sentida,
Recebeste-a à gargalhada!
E logo eu disse: coitada!
Estás de todo perdida!

Como na boca do sapo
Se vai meter a doninha,
Hás-de cair-me no papo.

Não me escapas, avesinha:
Não me tenho por guapo,
Mas, que importa? Hás-de ser minha!

João Penha