8.03.2008

Como queria ser aquela que não fui!


Como queria ser aquela que não fui!
a de meus sonhos, pura, vencedora,
e que a beleza ainda a ostenta,
não esta permanente convalescente,
aquela que sonha e espera,
o encantado, o palácio fantasiado,
e não esta que tem o encanto quebrado como, cacos,
como queria ser a outra dos meus sonhos,
alegre, misteriosamente bela,
e não a que vagueia lentamente e triste,
mas que vive,
e a beleza que a arde tão dentro,
como queria ser a outra,
a dos meus sonhos mais viva ternamente.

Esses momentos já não chegam,
já não completam,
anseio o teu corpo, e ser para teus lábios,
anseio a tua voz, o teu cheiro,
como se no vazio ficasse uma dor,
já não sei!
tento fugir a esse sentimento,
porque lembro-me que há um tempo atrás,
senti o mesmo e sofri,
diz-me tu porque me fazes sentir assim!
diz-me tu!


Sónia Sultuane
Moçambique