9.12.2009




É doce envelhecer quando o que avança
e ir recrudescendo a inteligência.
Entra-lhe o mundo no vagar. Decanta
o seu volume inteiro de contenda.
Transporta-se. E entrega na palavra
a inteligível criação. Entrega
o desenvolvimento. O pulso. A trama
que ajustam sua refundacão aberta.
E a docura de se ir vendo alarga
o envelhecimento a quase ciência.
Uma ciência onde o enigma é alma.
E onde o mundo contunde. Insiste. E pesa.

Fernando Echavarria (poeta timorense)