7.05.2009

Cavaleiro do Cavalo de Pau



Vai a galope o cavaleiro e sem cessar
Galopando no ar sem mudar de lugar.

E galopa galopa e galopa, parado,
E galopa sem fim nas tábuas do sobrado.

Oh! que bravo corcel, que doidas galopadas,
- Crinas de estopa ao vento, e as narainas pintadas!

Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeiras!

E o cavaleiro nunca muda de lugar,
A galopar a galopar a galopar!

Afonso Lopes Vieira