3.19.2007


VII


E a morna
morna,
bole
mole,
já velha, sem ser antiga,
num compasso de cantiga
sexual.

Reminiscência dum fado
que, dançado
num maxixe,
tem a tristeza postiça
dum cansaço.

Um semi-civilizado
lasso
balanço
embalado
sobre o ventre dum fetiche.

António Pedro (poeta caboverdiano)